





























































No ano de 2024 embarquei em uma jornada pelo Maranhão, onde minha meta era se misturar entre os habitantes locais, capturando as ruas, seus costumes e a vida cotidiana. Buscava a simplicidade, sem o exageros de produções fotográficas elaboradas e megalomaníacas que ferem o momento no seu estado puro e sem interferência. Era eu, minha câmera, as pessoas, a areia e as cores. Para capturar essas imagens e experiências, passei horas navegando os rios ao lado de pescadores, e dias percorrendo as estradas de terra que me levavam ao coração do sertão maranhense. Durante esse tempo deparei-me com a imponência da natureza, desertos de areia que guardam piscinas naturais, rios imensos cercados por uma vegetação densa e vibrante. Mas também me vi diante da pobreza, estampada em cada rosto, crianças que nunca haviam visto uma lata de refrigerante, casas de barro e a ausência de saneamento básico. Com toda certeza todo esse cenário envolvendo pessoas, natureza, historias causavam diferentes sensações em mim, e através disso creio que minha cabeça me manteve o máximo de tempo atrás da minha câmera.